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Dezembro/25

De lá pra cá

O Natal em Maria Luísa

Aqui na Casa Transitória Maria Luísa, o Natal é muito mais do que uma data especial; é uma oportunidade para intensificar o clima de concórdia que já é permanente entre nós. Os preparativos começam dias antes, mas não envolvem apenas adornos ou reuniões. O principal objetivo é sintonizar todos os corações na vibração do amor e do serviço. Os espaços são harmonizados com luzes suaves e uma atmosfera que nos lembra o Evangelho vivo, para que possamos estar prontos para as atividades do grande dia.

Na manhã do Natal, nos reunimos para uma prece coletiva, simples, mas cheia de propósito. Esse momento inicial reforça nosso compromisso com a fraternidade e prepara nossa energia para um trabalho muito especial: as visitas aos lares onde a dor e a enfermidade, sejam neurobiológicas, psíquicas ou psicológicas, se fazem mais presentes. Esses lares, geralmente, pertencem a pessoas que têm algum tipo de ligação direta ou indireta com os institutos aos quais nossa Casa está conectada.

Durante o dia, corais de vozes luminosas se apresentam em vários pontos da Casa Transitória, como nos jardins e nas áreas de descanso. Essas melodias criam uma vibração especial que envolve a todos e parece ressoar até mesmo nos lares visitados. Cada nota entoada é um convite à reflexão e um bálsamo para as dores mais íntimas. É impossível não se sentir tocado pela harmonia que ecoa, fortalecendo os laços de amor e esperança.

Cada grupo de visita é cuidadosamente organizado, e levamos mais do que palavras de conforto: levamos uma presença que transmite esperança e renovação. Nas vibrações que emitimos e na assistência que prestamos, buscamos ser instrumentos da paz ensinada por Jesus. Muitas vezes, as famílias não percebem diretamente nossa presença, mas sentem o alívio, o consolo e a inspiração que deixamos ao passar.

Aqui na Casa, seguimos o dia com reflexões sobre a mensagem de Jesus e uma prática muito querida: a “Corrente de Luz”. Caminhamos juntos pelos jardins em sintonia, entoando cânticos de harmonia que se estendem além das paredes da Casa, alcançando aqueles que precisam de acolhimento, dentro e fora do plano físico. Essa corrente simboliza nossa união e a força do amor que nos move a servir.

Encerramos o dia com uma confraternização fraterna, onde todos compartilhamos experiências e renovamos nossos propósitos de crescimento. Celebrar o Natal aqui não é só lembrar do nascimento de Jesus, mas reafirmar o desejo de estar com Ele, vivendo Sua proposta todos os dias, na prática do amor ao próximo e na construção de um mundo melhor.

Com afeto e fraternidade,


Edamer, última desencarnação em 1981, aos 22 anos, residente de Maria Luiza desde então e me preparando para ser transferido para a Colônia Redenção.

Mensagem de Irmão X

O Natal do apóstolo  

Quando Simão Pedro foi arrancado aos grilhões do cárcere para o derradeiro sacrifício, sentia o coração varado de angústia, conquanto mostrasse o passo firme. O velho apóstolo, que transpusera os oitenta anos de idade, levantava a cabeça branca, destacando-se na turba à maneira de um pai atormentado por filhos inconscientes.

Irmãos do Evangelho ladeavam-no, tristes, escondendo o próprio desespero, diante da serenidade com que ele, encanecido em duras experiências, se acomodava ao martírio. Mulheres e crianças emaranhavam-se, cortejo adentro, para beijar-lhe as mãos. Transeuntes, ainda mesmo adversos ao Cristianismo nascente, fitavam-no, respeitosos, quais se vissem um soberano humilhado e pobremente vestido, a caminho de inesperado triunfo… E até soldados da escolta, recordando vários companheiros que Simão transfigurara, ao curar-lhe os parentes enfermos, abeiravam-se dele com veneração e carinho…

Apenas um dos pretorianos, Sertório Aniceto, destacado elemento na expedição, não poupava o sarcasmo. Desejando quebrar a atmosfera de reverência e de êxtase que se fazia, desdobrava impropérios:

– Para diante, velho imprudente! Judeu sujo! Lixo humano, que envergonharia os postes da arena!…

E Sertório Aniceto mais à frente:

– Não abuse da crendice do povo, Ladrão imundo, chegou seu fim!…

Pedro, entretanto, contemplava o céu escaldante da tarde e orava em silêncio… Sentia-se, agora, fatigado e incapaz! Compreendia que a Boa Nova exigia servidores robustos e rogava ao Cristo enviasse obreiros novos e valorosos para a vinha do mundo…

Mas não era só isso… No imo do coração, ardia-lhe a saudade do Mestre e ansiava retomar-lhe a companhia para sempre…

Escalando a colina, via não longe o Campo de Marte, assinalado pelo monumento de Augusto, as cintilações do Tibre espreguiçando ao sol, o casario imenso, as termas e os jardins; no entanto, regressava pela imaginação à Galileia distante, buscando Jesus em pensamento…

Revia o lago de Genesaré, em seus dias mais belos, e as multidões simples e generosas com que o Senhor repartia o pão e a verdade, o consolo e a esperança…

Por estranhos mecanismos da memória, respirava, de novo, o perfume das rosas de Betsaida, das romãzeiras de Dalmanuta, das quintas frutescentes de Magdala e dos pequenos vinhedos de Cafarnaum…

Apesar do calor reinante, rememorava a pesca e supunha-se envolvido pelo sopro da brisa, quando a barca sobrestava as ondas calmas.

Reconstituía, enlevadas, as pregações do Divino Amigo e parecia-lhe jornadear de retorno à família das crianças e dos enfermos, das mães sofredoras e dos velhinhos que ele próprio lhe entregara ao coração…

Atingido o local do suplício, confiou-se automaticamente aos soldados que o desnudaram, e, como se estivesse hipnotizado pela ideia do reencontro, sofregamente aguardado, quase nada percebeu dos martelos, rudemente manobrados, que lhe apresavam pés e mãos ao lenho que se lhe erguera de improviso…

Em derredor, escutava os protestos velados das centenas de espectadores da lamentável exibição, de mistura com as preces dos companheiros agoniados… Detido, porém, na ânsia de repouso, Pedro não via que o tempo se escoava, sem que lhe desfechassem qualquer golpe…

Aqui e além, grupos em orações e lágrimas salientavam-se de mãos postas; contudo, a morte tardava…

Sertório Aniceto, entretanto, não o perdia de vista, e, reparando que o crepúsculo baixava, atirou-lhe pontiagudo calhau à cabeça e gritou:

– Morre, bruxo!

O apóstolo observou que o sangue esguichava, mas, sem qualquer reação, rendeu-se ao invencível torpor, qual se fosse repentinamente anestesiado por brando sono. Semelhante impressão, contudo, perdurou por momentos.

O ancião, após desalgemar-se do corpo, identificou-se espiritualmente, livre e eufórico, ao pé dos próprios despojos, e, alheio à algazarra em torno, contemplou o firmamento, onde os astros se inflamavam, como se dedos invisíveis acendessem lumes deslumbrantes para uma festa no céu…

Espantado, observou que um homem descia do alto, como que materializado pela fulguração das estrelas, e, decorridos alguns instantes de assombro, viu Jesus a dois passos, a endereçar-lhe o inolvidável sorriso.

– Mestre! – clamou, inclinando-se para beijar o chão que ele pisava. O Messias redivivo tomou-o nos braços e partiu, conchegando-o ao coração, qual se transportasse frágil criança.

Por várias semanas restaurou-se Pedro na estância de luz que o Cristo lhe reservara. Junto dele, visitou paragens de inexprimível beleza, recolheu lições preciosas, presenciou espetáculos soberbos de grandeza cósmica e abraçou afeições inesquecíveis…

Quando mais integrado se reconhecia no Plano Superior, eis que o Celeste Companheiro lhe anuncia nova separação…

Que o discípulo descansasse quanto quisesse, elevando-se às excelsas regiões… Ele, porém, devia ausentar-se…

– Senhor, aonde vais? – indagou o apóstolo, penosamente surpreendido.

E Jesus, indicando-lhe escuro recanto da vastidão, em que se adivinhava a residência planetária dos homens, informou, sereno:

– Pedro, enquanto houver um gemido na Terra, não me será lícito repousar…

– Então, Senhor, eu também…

E, como outrora, demandaram juntos os quadros de ação, em que se lhes evidenciasse o amor sublime…

Atraídos por centenas de vozes, atravessaram Roma, parando, por fim, em espaçoso cemitério da Via Ápia, mergulhado na sombra noturna… A multidão cantava, glorificando o Senhor… Não obstante o Natal estivesse na lembrança de poucos, rememorava-se, ali, diante da imensidão constelada, a melodia dos mensageiros angélicos.

Simão, fremindo de emotividade, começou a chorar de alegria.

Anelava ser bom, aspirava a ser irmão da Humanidade, queria auxiliar a construção do Reino de Deus e homenagear a manjedoura de Belém, ofertando algo de si mesmo, em louvor do Evangelho…

Nesse ínterim, aproximou-se Jesus e disse-lhe ao ouvido:

– Pedro, alguém te chama…

O apóstolo voltou-se e, admirado, enxergou na pequena comunidade um homem triste, carregando nos braços um pequenino agonizante… Era Sertório Aniceto, a rogar-lhe, mentalmente, se lhe compadecesse do filhinho que a febre devorava. Qual se lhe registrasse a presença, expunha-lhe os remorsos que amargava e pedia-lhe perdão…

O antigo pescador não hesitou.

Depois de oscular-lhe a fronte suarenta, afagou a criança atribulada, impondo-lhe as mãos, e, ali mesmo, magneticamente tocado por forças renovadoras e intangíveis, o menino despertou, lúcido e refeito, enlaçando-se ao pai, à feição da ave assustada que torna à segurança do ninho.

Sertório Aniceto, no íntimo, compreendeu o socorro e a bênção que recebia e, renovado, começou a cantar em lágrimas de júbilo: “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens!…”

Para Sertório Aniceto, o rude legionário de César, começava nova vida e para Simão Pedro o serviço continuou…

Do livro Antologia Mediúnica do Natal, mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Vivendo o Espiritismo

Como Jesus Comemoraria o Natal

O Natal é tempo de lembrança, luz e ternura. Mas, se pudéssemos perguntar: como Jesus comemoraria o Natal?, talvez nos surpreendêssemos ao perceber que Ele o faria de modo muito diferente das celebrações humanas.

Jesus não buscaria festas ruidosas, enfeites brilhantes ou mesas fartas. O Mestre nascido numa estrebaria, que não teve berço senão a palha e companhia senão o carinho de Maria, comemoraria o Natal na simplicidade e no amor que serve.

Em todo o Evangelho, Jesus nunca celebrou a si mesmo — sempre celebrou o bem.
O Cristo que se fez luz entre os homens escolheria, ainda hoje, os corações humildes, os lares silenciosos, os que oram em gratidão, e os que estendem as mãos ao necessitado. Seu Natal seria na casa onde reina a paz, no hospital onde alguém sofre em esperança, no asilo onde um idoso ora em silêncio, no abrigo onde uma criança sorri porque alguém lembrou dela.

Allan Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo, ensina que o verdadeiro culto cristão é o da caridade em ação — é amar o próximo como a si mesmo. Assim, celebrar o Natal à maneira de Jesus é fazer do amor um gesto concreto, transformar o perdão em reconciliação, a lembrança em visita, o presente em presença.

Léon Denis dizia que “o Cristo não nasceu apenas em Belém: nasce em cada alma que o descobre no serviço e na bondade”. E Emmanuel, pela palavra de Chico Xavier, recorda:

“O Natal é a lembrança viva de que a manjedoura nos convida à humildade e à fraternidade. Cada criatura pode transformar o seu coração em presépio de luz.”

Portanto, se quisermos imaginar como Jesus comemoraria o Natal, olhemos para onde o amor é maior do que o egoísmo, onde há perdão em vez de orgulho, e ternura em lugar de indiferença.

Ele estaria conosco não pelos adornos que penduramos, mas pela luz que acendemos dentro da alma.
Não pelos banquetes, mas pela partilha do pão e da esperança.
Não pelos presentes que damos, mas pelo coração que se abre em doação e alegria de servir.

Assim é o Natal de Jesus: silencioso, humilde, radiante. Um convite à renovação interior, à reconciliação e ao amor que nunca termina.

Novidades

Últimos dias da Campanha de Natal

Nossa Campanha de Natal está na reta final e precisamos de força total nas doações para garantir a entrega de 300 cestas caprichadas para as famílias da Vila Tanise, em Itanhaém, pelo Obreiros da Luz Divina. Confira as datas e a lista de alimentos:

07/12 – Dom.: Quarto mutirão
10/12 – 4a.f: Último dia de arrecadação oficial, Quinto mutirão e início da compra oficial
11/12 – 5a.f: Conclusão da compra oficial
12/12 – 6a.f: Carregamento do caminhão e transporte dos alimentos para Itanhaém
13/12 – Sáb.: Montagem das cestas
14/12 – Dom.: Entrega das cestas

Resultado total dos dois bazares em benefício do Obreiros

A união faz mesmo a força — e quando muitos corações se juntam por um propósito do bem, os resultados florescem com ainda mais beleza.

A missão: a reforma do Obreiros da Luz Divina nasce do desejo sincero de acolher ainda melhor todos que frequentam a casa, modernizando e readequando seus espaços para uma convivência mais harmoniosa. Entre as melhorias planejadas estão a troca do telhado, a ampliação dos banheiros, a revitalização da brinquedoteca, a reforma do piso superior e das instalações do bazar, além da pintura completa da sede. Também faz parte do projeto a retirada do muro que separa o bazar do salão, criando um ambiente mais integrado e acolhedor.

O esforço: foram quatro meses de trabalho intenso e amoroso, conduzido por um grupo de voluntárias dedicadas, que não mediram esforços para tornar esse sonho possível. Houve mobilização para arrecadar doações, duas edições especiais do Bazar Beneficente e a participação carinhosa de amigos que compareceram, contribuíram e fizeram compras a preços incríveis — cada gesto somando para um bem maior.

O resultado: graças a essa corrente do bem, foram arrecadados R$ 61.755,29. Agora, com o coração agradecido, seguimos para a etapa de definir prioridades e iniciar as obras.

Nossa gratidão a todos que, de alguma forma, tornaram essa conquista possível. Que a luz da solidariedade continue iluminando nossos passos.

Anote na agenda

Projeto Plantar faz workshop nos Obreiros

No dia 31 de outubro, o Projeto Plantar, de Itanhaém, realizou no Obreiros da Luz Divina um workshop de plantio com a participação das famílias assistidas. O objetivo de sensibilizar adultos e crianças para a importância da preservação ambiental, O plano é viabilizar o Projeto Plantar como uma oficina periódica em 2026, com workshops mensais.

Obreiros do 33o. Mês Espírita da USE Itanhaém

No dia 22 de novembro o Obreiros da Luz Divina realizou em sua sede a palestra Reforma Íntima, como parte da programação do 33º Mês Espírita da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, USE, Intermunicipal de Itanhaém.

O evento da USE-Itanhaém, que vem sendo realizado também em Mongaguá e Peruíbe, além de apresentar temas importantes para o movimento, tem por objetivo aproximar os centros espíritas da região.

Alunas da Oficina de Pintura recebem Certificado

Com duração de um ano, a Oficina de Pintura do Obreiros da Luz Divina tem um propósito muito especial: oferecer às mulheres da Vila Tanise não apenas a chance de aprender uma nova forma de gerar renda, mas também um espaço de cuidado, convivência e alegria. A cada encontro, voluntárias dedicadas compartilham seu tempo e talento, enquanto todo o material é amorosamente fornecido pelo Obreiros.

No dia 18 de novembro, celebramos com emoção mais uma turma que concluiu sua jornada, recebendo o tão merecido Certificado de Conclusão de Curso. Foi um momento de alegria, conquista e esperança para todas.

Aniversariantes de dezembro

Classificados

Goiabinhas Mama Tereza

Thereza de Medeiros (cooperadora aos domingos). Deliciosas goiabinhas artesanais direto da cozinha da mãe Thereza. WhatsApp: 11 98107-9123.

Clínica de Medicina do Trabalho

Cristina Seicali (cooperadora às 4as. e 5as. feiras). Exames admissionais / demissionais / retorno ao trabalho / PCMSO / PGR / LTCAT / CIPA / E-social / Perícia médica trabalhista. WhatsApp 11 98418-1376 e Tel. 11 3884-8899.

Delícias árabes e salgadinhos

Gilda Nahas Cecílio (cooperadora às 2a.f). Charutinho de folha de uva, esfihas, pizza frita, coxinhas, risoles, croquetes e diversos outros salgadinhos caprichados. WhatsApp 11 97216-8541.

Farmácia de manipulação

João Lobo (cooperador às 5as. feiras). Casa das Fórmulas. www.casadasformulas.com.br WhatsApp 11 97065-7667

Tratamento de feridas

Enfermeira Maria Camoiço (cooperadora aos domingos). Especialista em Feridas, Podiatria e Estomias. Instagram: @maxuquei_7 WhatsApp: 11 97061-7742.

Terapia Florais e Constelação Familiar

Terapeuta Sol – Solange Nader Miziara (cooperadora aos sábados). Formada em Terapia Floral e Constelação Familiar, entre outras Terapias Integrativas e Complementares. WhatsApp : 11 97201-4386.

Acupuntura em domicílio

Fernando Yonezawa (marido da Carol das segundas). Tratamento de dor, ansiedade, depressão, estresse etc. WhatsApp: 11 98309-9197.

Consultoria em autorrelacionamento e autocomunicação

Marcus Guarnier (cooperador aos domingos). Precisando conversar? Organizar pensamentos? Serenar emoções? Posso ajudar. Bastante. www.marcusguarnier.com.br

Nossa agenda

Fluidoterapia

Evangelho

Solidariedade

Financeiro

NOTA: Se você tiver alguma dúvida, sugestão ou comentário, por favor, entre em contato com a Tesouraria através do Whatsapp 11 99467.0042. Muito obrigada.