Mensagem de Décio, residente na Colônia Alvorada Nova – junho/25
Filhos e filhas tão queridos,
Hoje venho lhes trazer um convite simples, mas que pode mudar destinos e resgatar alegrias esquecidas: olhe mais para quem vive com você.
Sim… olhe com mais atenção para aquele que divide o mesmo teto. Aquele que às vezes passa por você na cozinha com o olhar cansado, ou que silencia no sofá, esperando talvez um gesto, uma palavra, uma escuta.
Sabemos que a vida tem sido agitada. São muitas as cobranças, tarefas, preocupações. Mas há um risco, queridos: o de se perder dos que estão mais perto. E de se tornar ausente dentro da própria casa.
Por isso, hoje, com carinho de irmão que torce por vocês, peço: voltem o olhar para dentro do lar.
Quantos filhos precisam mais de presença do que de conselhos? Quantos companheiros e companheiras só querem ser notados, lembrados, acolhidos sem julgamentos?
Às vezes é só um copo de água oferecido com afeto, uma pergunta feita com real interesse, um toque leve nos ombros de quem achou que estava só.
Filhos, cuidar dos que dividem o teto com vocês é cuidar da própria alma. É no lar que se aprende a amar com mais verdade, a perdoar com mais humildade, a servir com mais pureza. E é ali que os maiores testes e as mais belas oportunidades se apresentam.
Jesus, quando esteve convosco na Terra, falava às multidões, mas nunca se esqueceu dos que estavam ao lado. Ele olhava nos olhos, chamava pelo nome, tocava as mãos. E nos ensinava, sem palavras, que o amor começa pelo próximo mais próximo.
Voltem ao lar com o coração mais aberto. Observem os silêncios, os gestos, as entrelinhas. E, principalmente, ofereçam sua escuta, seu tempo, sua paz.
Não esperem ocasiões especiais. O momento é agora. Porque o lar é um campo de bênçãos diárias — e também um altar onde a caridade verdadeira começa.
Lembrem-se: antes de sair para ajudar o mundo, veja se há alguém ao lado que precisa só de você.
Com ternura e fé no caminho de cada um,
Décio, estagiário na Colônia Alvorada Nova