Mensagem de Maria Luiza, mentora da Casa de Maria Luiza – abril/25
Querido coração,
Se hoje você amanheceu com um peso invisível no peito…
Se, mesmo cercado de vozes, sente-se num silêncio que machuca…
Se a solidão parece ter feito morada dentro de você,
Então esta mensagem é para sua alma cansada — e para sua luz adormecida.
Sim, há momentos na vida em que parecemos sós no mundo.
E não é só a ausência de pessoas.
É a ausência de significado nas conexões.
É quando conversamos… mas não somos escutados.
É quando nos doamos… e não nos sentimos vistos.
É quando sorrimos… e por dentro estamos nublados.
Mas escute com atenção:
A solidão não é um castigo.
É um convite.
Ela chega, muitas vezes, para nos ensinar a olhar para dentro.
Para nos lembrar de que nossa alma tem necessidades que não cabem em distrações ou curtidas virtuais.
Ela nos chama ao reencontro com Deus em nós — com nossa centelha esquecida.
Com o templo silencioso do espírito que espera, paciente, ser acessado.
Não há desconexão maior do que aquela que temos de nós mesmos.
Porque, quando estamos ligados ao que somos de verdade,
a companhia dos outros se torna bônus, não salvação.
Mas o que fazer, então, quando o coração parece tão desabitado?
Primeiro: silenciar o ruído do mundo para ouvir sua própria essência.
A prece é ponte. A meditação é bússola. O evangelho é abrigo.
Reserve alguns minutos por dia só para você, com Deus.
Não para pedir, mas para sentir.
Depois: perceba o que você oferece.
A alma que irradia afeto sincero e presença verdadeira se torna ponto de luz na escuridão dos outros.
E o milagre da vida é esse: quanto mais damos, mais recebemos.
Quanto mais acolhemos, mais nos sentimos acolhidos.
Por fim: seja honesto consigo.
É possível que a solidão também seja reflexo de exigências que criamos.
Esperamos do outro aquilo que ele não pode dar.
Idealizamos. Controlamos. Cobramos.
E acabamos nos decepcionando.
Então, liberte-se disso. Ame como quem oferece flores,
sem esperar retribuição, apenas porque é belo florir.
Querida amiga, Querido amigo…
O caminho de volta não é para os outros.
É para você.
É na sua companhia que passará os dias.
É com seu coração que se deitará à noite.
É com seu espírito que seguirá além do tempo.
E quando estiver bem consigo, ainda que só, nunca estará só.
Porque estará inteiro.
E Deus estará inteiro com você.
Com amor fraterno,
Maria Luiza