– Reencarnamos para ter contato com o amor

Mensagem de Sérgio, morador da Casa de Maria Luiza – março/23

Desencarnes acontecem todos os dias. Encarnações, também.

Faz parte inegável da vida!

Temos visto com frequência as inversões de sentimentos. Aqui, nos despedimos – temporariamente – dos que irão reencarnar. Por aí, as despedidas junto àqueles que desencarnam.

Os sentimentos não são lá muito diferentes.

Bem verdade, que perceber a realidade traz certa ordem ao pensamento e certa consolação às emoções. E qual verdade? A que a vida não cessa e que a vida se mantém.

Do nosso lado, lado dos desencarnados, quando um de nós retorna às tarefas no corpo orgânico, a sensação é de breve viagem. Gera aquela saudade gostosa, mas com certo aperto no coração.

Então, em nosso caso, especialmente por conta das possíveis visitas que podemos empreender, não há sentimentos de apartar. Todavia, quando estamos encarnados, existe uma importante diferença, promovida pelo entendimento que fazemos.

Garanto que se trata de uma ilusão, mas uma ilusão intensa que faz os sentidos se desorganizarem e se vestirem de emoções como apego, posse e, especialmente, finitude.

Finitude! Ou seja, nunca mais vou ver, abraçar, falar, tocar, beijar.

Ilusão traiçoeira. Impõe abandono, insegurança, angústia. Entrementes, incomoda, perturba e até sequestra a alegria de viver.

Não pretendo reduzir o sentimento de despedida, também temporário e igualmente com possíveis reencontros. Mais eventuais, mas possíveis.

Agora, desejo elevar a necessidade de estarmos na real. Não há morte, além do corpo orgânico.

E quem acredita, de verdade, nisso?

Olhem, muitas vezes onde vemos encarnados anotando tristeza, saudades de um ente querido que “partiu”, identificamos remorso. E esse remorso é o vilão que emancipa a finitude.

Assusta? Sim! Mas, nem tanto!

Se assustasse para valer, haveria mudança de atitude. Cuidaríamos mais, estaríamos mais atentos às necessidades e viveríamos mais próximos daqueles a quem prezamos. Amaríamos mais!!!!

E isso tem que passar a ser nossa meta, nossa missão e nosso destino. Porque reencarnamos para ter contato com o amor. Reencarnamos para vivenciar experiências que promovam em nós o sentimento de amar.

Amor se associa a liberdade. Isso! Quem ama, liberta. Quer ver progredindo. Quer sentir que está no curso.

Conviver usufruindo na intensidade como se houvesse uma data limite. E a data limite existe.

Não usar o tempo para desgastes desnecessários, para rusgas tolas, para comentários perturbadores. Ficar de mal, ficar sem se falar. Onde estamos com a cabeça? Chega de criar caso por pouco e nada.

Assim, quando aquele que se emancipa deixar a condição orgânica, o sentimento será de paz de consciência, será de serenidade e até, creiam, de alegria.

Sérgio, desencarnado há 23 anos, hoje, morador da Casa de Maria Luiza e cuidando de quem chega por aqui, “morrido” a pouco.

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