Mensagem de Nazaré – julho/25
Meus amigos,
Hoje, me aproximo de vocês pra conversar sobre um sentimento que, por vezes, nos paralisa mais do que nos move: a culpa.
Ah, a culpa…
Esse peso que a gente carrega no peito, como se fosse justo se punir por tanto tempo, por cada erro, por cada palavra mal colocada, por cada escolha que hoje faríamos diferente.
Muitos de nós vivemos anos tentando remendar o passado com angústia, como se a dor pudesse limpar o que fizemos — ou deixamos de fazer.
Como se Deus esperasse que a gente sofresse…
Mas, meus irmãos, Deus não opera por culpa.
Deus opera por amor.
Deus inspira, sustenta, acolhe e educa — mas nunca acusa.
O Cristo não nos chamou à culpa, chamou-nos à transformação.
Ele não pediu que nos puníssemos. Pediu que nos levantássemos.
“Vai e não tornes a pecar.”
É como se dissesse: não te aprisiona no erro — aprende, muda e segue em frente.
A culpa que paralisa não vem de Deus.
O que vem de Deus é a consciência tranquila depois de reparar, de tentar de novo, de amar melhor.
Responsabilidade, sim. Culpa doída, não.
Responsabilidade é luz no caminho, é vontade de melhorar, é olhar no espelho com humildade e dizer: “Ainda não sou quem quero ser, mas já não sou quem fui. E sigo tentando.”
Se você errou, corrija.
Se magoou, peça perdão.
Se tropeçou, levante.
Mas não fique se torturando, não.
A vida não precisa de mais um juiz implacável dentro de você. Precisa de um amigo.
Seja esse amigo.
Acolha-se. Dê-se novas chances.
Respeite o tempo do seu amadurecimento.
A culpa que apenas machuca não é arrependimento verdadeiro — é só prisão emocional.
O arrependimento que liberta é aquele que nos leva ao próximo passo. Que nos põe em movimento.
É quando dizemos a nós mesmos: Eu posso fazer diferente. E eu vou.
E que beleza há nisso.
Na coragem de seguir mesmo depois de cair.
Na humildade de assumir os erros, sem perder a fé em si mesmo.
Deus conhece seu coração melhor que você mesmo.
Sabe do seu esforço silencioso. Sabe dos seus motivos.
E mais do que cobrar, Ele oferece… oportunidades.
Aceite essa chance.
E vá, com leveza, com propósito, com vontade de fazer bonito.
A culpa fica no caminho de quem já está indo.
E você… está indo.
Com amor e verdade,
de uma amiga que também está aprendendo a se perdoar pra poder amar melhor, Nazaré.