– A frustração e a construção da alma

Mensagem de Diogo, espírito amigo da Casa de Maria Luiza desde 1979julho/25

Meus irmãos,

Em nossas jornadas, raras são as vezes em que tudo acontece como esperávamos. Planos se desfazem. Pessoas tomam outros rumos. Nossos esforços, por vezes, parecem não encontrar o reconhecimento esperado. E tudo isso nos fere. Chama-se frustração — essa dor muda que parece se acomodar dentro de nós e que, se não compreendida, começa a escurecer nossa esperança.

No entanto, deixem-me dizer algo com toda a franqueza do coração: não há progresso da alma sem o enfrentamento da frustração. Porque ela nos mostra, com clareza, que nem sempre o nosso querer é o melhor para o nosso momento. E que, muitas vezes, as portas que se fecham estão a nos proteger das quedas que não vemos.

A frustração não é um fracasso. É um ponto de parada. Um convite à reflexão. É quando a vida nos diz: “espera um pouco”, “muda a direção”, ou até “você precisa crescer mais aqui”. Se nos tornamos amargos diante dela, perdemos a lição. Mas se a olhamos com humildade e fé, percebemos o quanto ainda podemos aprender.

Aprendam a acolher suas decepções com amor. Não com passividade, mas com aceitação serena. Não como resignação sem ação, mas como um passo consciente em direção à maturidade espiritual. Cada frustração bem vivida é um degrau a mais rumo à liberdade interior — essa liberdade que nos torna mais leves, menos dependentes dos aplausos e mais comprometidos com a verdade.

Evitar frustrações não é possível. Mas evitar que elas nos paralisem é escolha nossa. E prevenir-se contra elas não significa endurecer o coração, mas fortalecer a fé. Significa saber que tudo pode mudar — e ainda assim, manter-se firme na vontade de amar, servir e continuar.

Jesus também se frustrou — com os que não entenderam, com os que abandonaram, com os que traíram. E ainda assim, Ele prosseguiu. Porque o propósito sempre será maior que a dor momentânea.

Não desistam. Não se azedem. Não desacreditem da vida só porque ela, às vezes, dói. Diante da frustração, olhem para dentro e perguntem-se: “O que isso quer me ensinar?” A resposta, muitas vezes silenciosa, será a ponte que levará vocês de volta à paz.

Com carinho e esperança sempre viva,
Diogo

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