Clarinha, desencarnada aos 6 anos, moradora na Casa de Maria Luiza – dezembro/24
Oi, pessoal!
Sou a Clarinha, uma menina de 6 anos que mora na Casa Transitória de Maria Luiza. Sim, eu “morri” bem novinha — a leucemia me trouxe pra cá — mas, ó, deixa eu contar um segredo? Aqui é tudo menos triste! A gente é recebido com tanto amor que parece uma festa celestial. Quer saber como é? Vou te contar tudinho!
Quando um amiguinho desencarna antes de completar os 7 aninhos, ele chega aqui meio confuso, sabe? É como acordar de um sonho estranho. Alguns choram porque sentem saudade da mamãe ou do papai, mas não demora muito pra gente, as “crianças de casa”, chegar correndo com brinquedos e abraços. Ah, e sempre tem música tocando — cantigas suaves que fazem o coração ficar quentinho.
Quem cuida de tudo são as tias e tios trabalhadores da Casa da vó Maria Luiza. Eles têm asas de amor (não dá pra ver, mas a gente sente!). Logo que a criança chega, um deles faz um carinho e explica que aqui é como uma escola, só que cheia de amor. Primeiro, vamos pra uma sala bem iluminada onde recebemos uma energia especial que tira qualquer dorzinha do corpo espiritual. Algo tipo reminiscência do pensamento materializado.
Depois, começamos a nossa nova rotina. Brincamos no jardim, onde tem árvores que parecem ter vindo de um desenho animado — coloridas e cheias de frutos brilhantes. Cada brincadeira é, na verdade, uma terapia pra ajudar a gente a entender o que aconteceu e se preparar pro futuro. Porque, olha só, a maioria de nós vai voltar rapidinho pra reencarnar outra vez!
Ah, tem algo muito legal! A Casa tem um telão mágico (é como eu chamo) onde a gente consegue ver as famílias lá da Terra. Isso ajuda a diminuir a saudade. Os tios explicam que a oração dos pais chega até nós em forma de luz, igual estrelinha. E, claro, a gente também ora por eles — as crianças aqui aprendem rapidinho que o amor é uma troca que não para nunca.
Antes de dormir, todo mundo se reúne numa sala bem grande, tipo um teatro. A tia Maria Luiza, que dá nome à Casa, aparece pra contar histórias sobre o que a gente vai encontrar quando reencarnar de novo. Ela sempre diz que tudo o que vivemos, mesmo que pareça curto, é importante pro nosso crescimento. As histórias dela são tão boas que ninguém quer piscar!
Então é isso, meus amigos! A Casa Transitória é um lugar de aprendizado, carinho e preparação. A gente pode ter “partido” cedo, mas a vida não acaba, não. Aqui, ela continua serelepe e cheia de esperança. E, quando a hora de voltar chegar, eu sei que a gente vai estar prontinho pra começar outra vez.
Até mais!
Clarinha