Mensagem de Diógenes, morador da Casa de Maria Luiza – abril/24
Casa Transitória não é Colônia.
Como o nome já induz, “casa transitória” é uma casa de trânsito. Ou seja, recebe alguém, cuida, prepara e favorece o prosseguir para uma colônia.
No mundo etéreo, as casas transitórias são necessárias em decorrência do apego com que os encarnados se despedem das organizações neurobiológicas.
Apego. Eis o mais expoente empecilho que os recém desencarnados enfrentam para fazerem-se candidatos a condições mais confortáveis e seguras.
Apego às pessoas, aos bens e aos hábitos que deixaram. E eu vejo mais apego aos bens e aos hábitos do que propriamente às pessoas.
Compreende-se que pessoas que ficaram mais tempo encarnadas, mais de 80 anos, por exemplo, têm mais dificuldade de desapegar. O apego à vida.
Então, quanto mais apego, mais tempo em casas transitórias. E isso decorre por conta da densidade da energia do pensamento.
Olha, nem todos desencarnam e seguem para casas transitórias. Tudo depende! E, neste caso, dos méritos que a pessoa amealhou. Muitas vezes precisam estagiar em níveis compatíveis com suas energias.
E vai tempo! Nossa! Por vezes, muito tempo. Estamos falando de décadas.
Seguro é que aqueles que se esforçaram para melhorarem, que escolheram pela inteligência e buscando a religiosidade (não confundir com religião), aqueles que agiram naquela máxima… “aos outros dou o direito de serem como queiram; a mim, tenho o dever de ser melhor a cada dia”, terão ingresso mais simples, sereno e amparado. Os demais, irão precisar descondensar as energias mais densas, perturbadoras e inquietantes em paisagens análogas.
Da mesma maneira que aqueles que estão com suas energias estabelecidas em graus mais sutis, já se encontram em sintonia com frequências mais elevadas, nem precisam do intercâmbio nas casas transitórias.
Mérito. É assim que funciona.
Enfim, o que você prefere? Se está encarnado, pode decidir. Decidindo, pense, fale e faça de modo coerente com sua pretensão. Decida para onde deseja ir, estar.
A Casa de Maria Luiza é uma casa transitória.
No mês que vem, volto e conto como ela foi criada. Aguardem.
Diógenes
Não, não fui filósofo em Sinope na Turquia, 300 anos aC e nem me chamavam de “o Cínico”. Foi meu pai, mesmo, quem escolheu.