– Mensagem de Mercedes, estagiária da Casa de Maria Luiza – agosto/25
Há momentos em que nos sentimos cercados por pessoas e, mesmo assim, estranhamente sozinhos.
Parece que ninguém consegue enxergar nossas preocupações, nossos medos, nossas dores silenciosas.
E, nesses instantes, a alma pede por compreensão, um gesto, uma palavra que acalme o coração.
Estar sozinho não é apenas estar sem companhia física;
é sentir que os outros não conseguem se aproximar de nossas verdadeiras emoções.
É como se estivéssemos em uma ilha, cercados por águas agitadas,
vendo pessoas passarem ao longe, sem perceberem o quanto precisamos de um olhar atento e de um abraço silencioso.
É natural buscar explicações.
Pensamos: “Será que faço algo errado? Será que ninguém se importa comigo?”
Mas a verdade é que cada coração tem seus próprios limites, suas próprias dores,
e nem sempre conseguimos nos expressar ou ser percebidos.
E mesmo assim, essa solidão não precisa nos esmagar.
Ela pode ser um convite ao encontro conosco mesmos.
Quando nos permitimos olhar para dentro, ouvir nossas próprias necessidades com ternura e paciência,
descobrimos uma presença constante que nunca nos abandona: Jesus,
que nos compreende e nos acolhe com infinito amor.
Ele nos ensina que, mesmo quando ninguém parece nos entender, não estamos verdadeiramente sozinhos.
A nossa essência, o nosso espírito, são acompanhados, sustentados e amparados em cada passo do caminho.
Esse momento de silêncio interior é também oportunidade de exercitar a empatia, conosco e com os outros.
Quando nos sentimos incompreendidos, podemos aprender a compreender,
primeiro a nós mesmos, depois aqueles ao nosso redor.
Percebemos que cada pessoa carrega seu fardo, seu cansaço, suas sombras,
e que a gentileza e a paciência são pontes que nos conectam, mesmo que de forma silenciosa.
Se hoje você se sente só, respire fundo.
Olhe para o seu coração com ternura.
Aceite suas emoções sem julgamentos.
Permita-se ser amparado pela fé, pelo amor que flui silencioso, invisível, mas real.
Aprender a acolher nossa própria solidão é preparar-nos para acolher os outros com maior amor.
É nesse exercício diário que crescemos, nos fortalecemos e nos tornamos capazes de espalhar compreensão, paciência e cuidado.
E, no silêncio do coração, descobrimos que a verdadeira companhia é feita de presença, atenção e amor, e não apenas de palavras.
Que hoje possamos nos lembrar: não estamos sozinhos.
E cada gesto de ternura que praticamos, primeiro conosco, depois com os outros, transforma a vida ao nosso redor.
Assim, passo a passo, o mundo se torna mais humano, mais leve e mais cheio de esperança.