Setembro / 22

De lá pra cá

Mensagem recebida em 7/8/2022, de Nelson, cooperador da Casa de Maria Luiza, desencarnado em 17/07/2007, trazido dois dias depois ao GOAC, onde comunicou-se pela mediunidade de João.

Estava sentado em uma poltrona do corredor, no final da aeronave. Fazia sempre esse voo para vir para São Paulo, quando tinha fórum ou alguma reunião. O horário de chegada, por volta das 21h30, me facilitava a vida. Olhando pela janela do outro lado, mal e mal podia ver que chovia. O avião fazia algum balanço, mas, nada que assustasse. As luzes principais estavam apagadas e estava aquela penumbra. Ouvia algumas pessoas conversando aqui e ali e logo atrás de mim. Na cozinha traseira havia certa euforia e o pessoal da tripulação e mais umas pessoas falavam animados.

Lembro que estava tudo como sempre, mas notei que quando o avião tocou a pista a velocidade parecia maior do que todas as vezes anteriores. Não era fã de aviação, mas a experiência e alguma percepção me fizeram avaliar isso. Esperei ouvir o barulho que quase sempre ouvimos dos motores indo para trás e nada do barulho!  Tudo foi tão rápido e acho que poucos perceberam até então que havia mesmo algo errado.

Todavia, quando o avião guinou forte para a esquerda, muita gente começou a gritar e alguns segundos depois senti meu “corpo” voar. Literalmente, senti que fui arremessado para fora, para … Mais nada!

Meu corpo não pareceu que caiu, mas que fora colocado junto a outras pessoas, no chão de uma rua. Isso é que me lembro. No meio da rua. Haviam muitas equipes de socorro. Não ouvia barulho, nem gente gemendo ou aflita. Apenas muita movimentação. Muita gente organizando as pessoas. No chão da rua. Não vi ninguém ferido ou com sangue. Apenas um ao lado dos outros. Não contei, mas, imaginei umas 20 pessoas.

Neste momento, entendi que o avião não conseguira parar e havíamos ultrapassado o final da pista. Havíamos batido.

Olhava em redor e somente havia aquela rua. Não vi casas. Não vi o céu.  Estava tudo escuro e as equipes de socorro ali trabalhando.

Uma senhora se aproximou de mim e perguntou se eu estava bem, com alguma dor. Disse que não. Que não senti nada e perguntei o que havia acontecido. Ela disse que eu não me preocupasse, que eu estava e ficaria bem, mas que algumas coisas haviam mudado.

Mesmo com a recomendação daquela senhora, comecei a ficar inquieto, desejei me levantar sem conseguir. Comecei a me agitar a chamar por socorro. Senti um imenso desespero. Se chegou a mim, um moço, jovem, e tentou me acolher. Fiquei mais irritado com a calma do sujeito. Fazia força para levantar. Estava mesmo desesperado.

O moço, sem se perturbar com meu estado, me ajudou a ficar de pé e se ofereceu para me levar a um lugar seguro onde iriam me atender e prestar os primeiros socorros. Lembro de ter gritado que não tinha dor, que não estava precisando socorro. Queria saber o que tinha acontecido. Esse moço, que nunca mais vi, me amparou e, escutando minhas bravatas, foi me conduzindo por uma rua em leve descida. Avistei uma construção que parecia um hospital e na medida que fomos nos aproximando daquela construção no final da rua, reparei em outras pessoas que pareciam estar no avião. Alguns em silêncio, outros irritados como eu. Vi uma aeromoça, ela havia me atendido no avião, ela estava ali, quieta encostada no muro, parecia aterrorizada, e alguém saiu daquele hospital e a levou para dentro. Eu a segui. Lá dentro, aquele moço que me ajudara veio novamente em meu socorro e me levou para uma sala, sempre pedindo que me acalmasse e confiasse.

Me colocaram em uma fila, duas ou três pessoas à minha frente. Pediram que esperasse. Alguém já ia me atender. Eu vi que era uma sala com seis ou sete pessoas sentadas e elas cuidavam de outras pessoas que estavam por ali. Em dado momento, um homem imenso, uma régua de magro, com uma espécie de chapéu na cabeça que lembrava os egípcios antigos, me conduziu até um outro moço que estava sentado e pediu para eu falar o que queria. O que eu desejasse a falar.

Eu meio que comecei a falar e pensar, e um jovem bem próximo de mim reproduzia o que eu falava e pensava, como se fosse um intérprete. Aquilo estava me deixando em estado de grande terror, mas aos poucos fui encontrando uma sensação muito grande de calma, como se tudo estivesse certo, sob controle. Comecei a entrar em uma certa tontura leve. Um sono muito forte ia me dominando.

Não resisti a esse momento porque estava mesmo me fazendo bem, me deixando bem mesmo.

Faz pouco mais de 15 anos isso tudo. Tenho consciência de tudo que aconteceu. Morri no acidente daquela noite chuvosa em São Paulo com mais 198 pessoas. Fui acolhido por Irmão Francisco, aquele moço que me levou até o tal hospital, que sei hoje ser um grupo de orações. Fui com muito amor amparado por João, que depois me ensinaram ser um médium de boa alma, que diria, me salvou da dor da loucura daquele momento. Aliás, tenho estado muito próximo de João desde poucos anos para cá. Concordo que é de boa alma. Tenho procurado ajudar aqueles que chegam neste “hospital” em desespero e terror como muitos de nós daquele fatídico 17 de julho chegaram. Eu e a Karen, aquela aeromoça que estava encostada na parede. Com frequência, ela e eu fazemos excursões até o local onde o avião caiu. Ainda tem alguns por ali, em situação de imensa tristeza. Muitas dessas vezes, o João vai com a gente. A cada um de acordo com suas próprias obras. É a Lei.  

Querido cooperador

Escutar a Consciência

“Antecedendo a oração, que faço todas as noites, tenho por hábito escutar a voz da consciência … Longe da influência das pessoas, procuro ouvir a mim mesmo, analisando, com sinceridade, tudo que fiz durante o dia. Às vezes, fico triste com o resultado da introspecção salutar a que me entrego, mas não deixo que a depressão me domine …”

Texto de Chico Xavier, extraído do livro Orações de Chico Xavier – Carlos Baccelli

Novidades

Cooperadores ganham área exclusiva no site do GOAC

A proposta é facilitar o nosso acesso a informações importantes para as nossas atividades. A primeira publicação já está disponível: PRQ – PROGRAMA DE (RE)CAPACITAÇÃO E QUALIDADE.
A publicação traz a íntegra dos Anais do PRQ, que foi estruturado em 16 reuniões. Veja o conteúdo a que você tem acesso:

Vamos enviar a senha de acesso por WhatsApp.

Novo calendário de treinamento

Em agosto, excepcionalmente, não será realizado treinamento. Segue abaixo o calendário ajustado:

Dia 1/9 serão abertas as inscrições para as ADs de out/nov

Mensagem de Emmanuel

União fraternal

“Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.” — Paulo. (EFÉSIOS, 4.3)

À frente de teus olhos, mil caminhos se descerram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda distante.

São milhões de sendas que marginam a tua.

Não olvides a estrada que te é própria e avança, destemeroso.

Estimarias, talvez, que todas as rotas se subordinassem à tua e reportas-te à união, como se os demais viajores da vida devessem gravitar ao redor de teus passos…

Une-te aos outros, sem exigir que os outros se unam a ti.

Procura o que seja útil e belo, santo e sublime e segue adiante…

A nascente busca o regato, o regato procura o rio e o rio liga-se ao mar.

Não nos esqueçamos de que a unidade espiritual é serviço básico da paz.

Observas o irmão que se devota às crianças?

Reparas o companheiro que se dispôs a ajudar aos doentes?

Identificas o cuidado daquele que se fez o amigo dos velhos e dos jovens?

Assinalas o esforço de quem se consagrou ao aprimoramento do solo ou à educação dos animais?

Aprecias o serviço daquele que se converteu em doutrinador na extensão do bem?

Honra a cada um deles, com o teu gesto de compreensão e serenidade, convencido de que só pelas raízes do entendimento pode sustentar-se a árvore da união fraterna, que todos ambicionamos robusta e farta.

Não admitas que os outros estejam enxergando a vida através de teus olhos.

A evolução é escada infinita. Cada qual abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se coloca.

Aproxima-te de cada servidor do bem, oferecendo-lhe o melhor que puderes, e ele te responderá com a sua melhor parte.

A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.

A contenda estéril é resultado da imposição.

A união fraternal é o sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, à face do ambiente que fomos chamados a servir. Somente alcançaremos semelhante realização “procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz”.

Texto extraído do livro Fonte Viva

Solidariedade

Aniversariantes do mês

Nossa agenda

Fluidoterapia

Evangelho

Os temas objeto de nossas reflexões nas apresentações do Evangelho seguem sendo capítulos da obra Jesus no Lar, cuja íntegra encontra-se no arquivo abaixo.

Financeiro

A partir deste mês passamos a apresentar os resultados financeiros da nossa casa separando receitas e despesas ordinárias, de um lado, e as campanhas e despesas extraordinárias de outro. A ideia é facilitar a análise da nossa movimentação financeira.

Receitas e despesas ordinárias

Em julho houve uma queda de 16% nas contribuições dos cooperadores. Por outro lado, no primeiro mês de funcionamento, nossa cafeteria gerou uma renda de R$ 670,00 com a venda de lanches doados pelos cooperadores de cada dia. Nos sete primeiros meses do ano conseguimos um saldo acumulado de R$ 5.910, para recompor as reservas de que nos valeremos no final do ano em obras para reparar as infiltrações de água.

Receitas e despesas extraordinárias

Há cinco mês estamos empenhados em recompor as reservas da nossa casa, contando com as contribuições mensais dos cooperadores e de ações pontuais, como rifas e bingo. Projetos especiais, como a reforma do jardim e a construção do espaço Caminhando com Jesus tiveram seus custos pagos com o resultado de campanhas com essa finalidade.

Nos sete primeiros meses do ano, esse esforço extraordinário contribuiu com R$ 10.798 para a recomposição das nossas reservas.

Seguem abaixo os dados bancários do GOAC para nossas contribuições mensais:

Banco Itaú (341)
Agência 1659
Conta corrente 22.760-5
CNPJ 05.587.349/0001-95
Grupo de Orações, Amor e Caridade
PIX contato@goac.org.br