Novembro/21

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Aos amigos cooperadores

No Evangelho dos meses de novembro e dezembro de 2021, utilizaremos o livro Antologia Mediúnica de Natal.

Oferta de Natal

Senhor! Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!…

De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas: – Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!… E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas (Evangelho de Lucas 2:8-11): “Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro… O anjo, porém, lhes disse: não temais! Eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo… É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”. 

Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para verte, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra. Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!

Só tu sabes, Senhor, os nome daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria: A primeira frase de bênção… A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento… Os panos que te livraram do frio… A manta humilde que te garantiu o leito improvisado… Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem… A primeira tigela de leite… O socorro aos pais cansados… Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência… A bondade que manteve a ordem, ao redor a manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos… O feno para o animal que devia transportar-te…

Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram, sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo te ofertar… Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que Tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!

Recebe-os, ó Divino Benfeitor! Com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras e respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!… E que nós – espíritos milenares fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo: – “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!…”.

O momento nos pede: “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, e boa vontade para com os homens.” Lucas, 2’14.

Fonte: Livro ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL
Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Uberaba, 25 de dezembro de 1966.

Mensagem do mês

O Companheiro

“Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?” — JESUS (Mateus, 18.33)

Em qualquer parte, não pode o homem agir, isoladamente, em se tratando da obra de Deus, que se aperfeiçoa em todos os lugares.
O Pai estabeleceu a cooperação como princípio dos mais nobres, no centro das leis que regem a vida.
No recanto mais humilde, encontrarás um companheiro de esforço.
Em casa, ele pode chamar-se “pai” ou “filho”; no caminho, pode denominar-se “amigo” ou “camarada de ideal”.
No fundo, há um só Pai que é Deus e uma grande família que se compõe de irmãos.
Se o Eterno encaminhou ao teu ambiente um companheiro menos desejável, tem compaixão e ensina sempre. Eleva os que te rodeiam.
Santifica os laços que Jesus promoveu a bem de tua alma e de todos os que te cercam.
Se a tarefa apresenta obstáculos, lembra-te das inúmeras vezes em que o Cristo já aplicou misericórdia ao teu espírito. Isso atenua as sombras do coração.
Observa em cada companheiro de luta ou do dia uma bênção e uma oportunidade de atender ao programa divino, acerca de tua existência.
Há dificuldades e percalços, incompreensões e desentendimentos? Usa a misericórdia que Jesus já usou contigo, dando-te nova ocasião de santificar e de aprender.

Caminho, Verdade e Vida — Emmanuel

Evangelho e Fluidoterapia

Conheça abaixo a escala do Evangelho e Fluidoterapia para novembro.

Fluidoterapia

Evangelho

No Evangelho de novembro refletiremos sobre alguns capítulos do livro Antologia Mediúnica do Natal, de espíritos diversos, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Após a escala de cada semana, reproduzimos esses capítulos na íntegra.

Tema: Cap. 3 – O Conquistador Diferente – Irmão X

Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria
primitiva. E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem
troféus sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas
que deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e
distribuem graças e honrarias, cobertos de insígnias e incensados pelas frases
lisonjeiras da multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno,
exaltando-lhes as vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias
romanceadas surgem no caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva,
perante os homens falíveis, à dourada galeria dos semideuses.
Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem
as sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável
do tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas
que lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de
esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das
amargas lições da morte.

Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos,
impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida,
a amargura e a derrota, à frente dos gregos.
Alexandre Magno, por tantos motivos e admirado na história do mundo, titulou-se
generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares
que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos,
egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e
guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença
que lhe imobilizou os ossos em Babilônia.
Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os
romanos, em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica
militar do Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa
concepção de poder, foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem
esperança, suicidando-se, por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura.
Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises,
constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e
desbaratou os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade
de magnífico triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal
de Bruto, seu protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno
Senado.
Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma
influência de que raros homens puderam dispor na Terra, morre, melancolicamente,
numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.

Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de
vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e
cruéis para os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias,
caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a
serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.
Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do
poder, a caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade,
sempre deixam algum bem no campo das relações humanos, pelas novas estradas
abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o
progresso amaldiçoa-lhes a personalidade, porque as lágrimas das mães, os soluços
dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da
natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis
sinais.

Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de
sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos,
nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de
dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou
“amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os
oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em
compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou
acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não
experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava,
separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em
que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.
Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia,
consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o
conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo,
prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no
Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra
aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia,
fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas
da morte.

Tema: Cap. 5 – Cartão de Natal – Meimei

Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de
alguém que te busca o ninho da própria alma!… Alguém que te acende a estrela da
generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, quais se trouxessem uma harpa de
ternura esconda no peito.
Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
Ainda que não quisesse, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as
canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos
braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro
de velhas afeições que te parecem distantes.
Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória;
entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração… É que ele te
fala no íntimo, rogando perdão para os erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos
que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para
os que jazem nas trevas.
Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!… Sorri de novo para os que te
ofenderam; abençoa os que feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade;
entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece numa fatia de bolo aos que oram,
sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que
esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio
às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou
improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te
deslumbra!… Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de
quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, com todos os
instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso
convívio e sustentando-nos para sempre.

Tema: Cap. 7 – Evocação do Natal – Emmanuel

O maior de todos os conquistadores, na face da Terá, conhecia, de antemão, as
dificuldades do campo em que lhe cabia operar.
Estava certo de que entre as criaturas humanas não encontraria lugar para
nascer, à vista do egoísmo que lhes trancava os corações; no entanto, buscou-as,
espontâneo, asilando-se no casebre dos animais.
Sabia que os doutores da Lei ouvi-lo-iam indiferentes, com respeito aos
ensinamentos da vida eterna de que se fazia portador; contudo, entregou-lhes,
confiante, a Divina Palavra.
Não desconhecia que contava simplesmente com homens frágeis e iletrados
para a divulgação dos princípios redentores que lhe vibravam na plataforma sublime, a
abraçou-os tais quais eram.
Reconhecia que as tribunas da glória cultural de seu tempo se lhe mantinham
cerradas, mas transmitiu as boas novas do Reino da Luz à multidão dos necessitados,
inscrevendo-as na alma do povo.
Não ignorava que o mal lhe agrediria as mãos generosas pelo bem que
espalhava; entretanto, não deixou de suportar a ingratidão e a crueldade, com
brandura e entendimento.
Permanecia convicto de que as noções de verdade e amor que veiculava
levantariam contra ele as matilhas da perseguição e do ódio; todavia, não desertou do
apostolado, aceitando, sem queixa, o suplício da cruz com que lhe sufocavam a voz.
É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se
renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem
do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar
deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajuda-lo
mesmo assim.

Tema: Cap. 9 – Bilhete a Jesus – Irmão X

Senhor Jesus, enquanto a alegria do Natal acende luzes novas nos lares
festivos, torno à velha Palestina, revendo, com os olhos da imaginação, a paisagem de
tua vinda…
Roma estendiam fronteiras no Nilo, no Eufrates, no Reno, no Tamisa, no
Danúbio, no Mar Morto, no Lago de Genezaré, nas areias do Saara. César “sossegava e
protegia” os habitantes das zonas mais remotas, aliciando a simpatia dos príncipes
regionais. Todos os deuses indígenas cediam a Júpiter, o dono do Olímpio, de que as
águias dominadoras se faziam emissárias, tremulando no topo das galeras, cheias de
senhores e de escravos.
Lembras-te, Senhor, de que se fazia uma grande estatística, por ordem de
Augusto, o Divino? Otávio, cercado de assessores inteligentes, intensificava a
centralização no mundo romano, reorganizando a administração na esfera dos serviços
públicos. As circunscrições censitárias na Judéia enchiam-se de funcionários exigentes.
Cadastravam-se famílias, propriedades, indústrias. E José e Maria também se
locomoveram, com os demais, para atender as determinações. A sensibilidade israelita
poderia manter-se a distância do culto de César, resistindo ao incenso com que se
marcava a passagem dos triunfadores, em púrpura sanguinolenta, mas a experiência
judaica, estruturada em suor e lágrimas, não se esquivaria à obediência, perante os
regulamentos políticos. As estalagens, no entanto, estavam repletas e não
conseguiram lugar.
Em razão disso, a estrela gloriosa, que te assinalou a chegada não brilhou sobre
templos ou residências de relevo. Apenas a manjedoura singela ofereceu-te conforto e
guarida. Homens e mulheres faziam estatísticas minuciosas de haveres e interesses.
Se o governo imperial decretava o recenseamento para reajustar observações e
tributos, os governados da província alinhavam medidas, imprimindo modificações aos
quadros da vida comum, para se subtraírem, de alguma sorte, às exigências.
Permutavam-se cabras e camelos, terras e casas, reduzidos parques agrícolas e
pequenas indústrias. Havia espaço mental para a meditação nas profecias? Para
cumprir o dever religioso, não bastava comparecer ao Templo de Jerusalém, nos dias
solenes, oferecer os sacrifícios prescritos e prosternar-se ante a oferenda sagrada, ao
ressoar das trombetas? Razoável, portanto, examinar os melhores recursos e burlar as
requisições do romano dominador. A fração do povo eleito, que se aglomerava na
cidade de David, lia os textos sagrados, recitava salmos e tomava apressado conselho
aos livros da sabedoria; entretanto, não considerava pecado matar o tempo em
disputas e conversações infindáveis ou enganar o próximo com elegância possível.
Por essa razão, Senhor, quem gastaria alguns minutos para advogar proteção a
Maria e José? Eles traziam a sinceridade dos que andam contigo, falavam de visitas de
anjos, de vozes do céu, e o mundo palestinense estava absorvido no apego fanático
aos bens imediatos. Comentavam-se, apaixonadamente, as listas e informações
alusivas a rebanhos e fazendas. Às narrações do sonho de José ou da experiência de
Zacarias, prefeririam noticiário referente à produção de farinha ou ao rendimento de
pomares…
Todavia, ara entregar à Humanidade a divina mensagem de que te fizeste o
Depositário Fiel, não te feriste ao choque da indiferença. Começaste, assim mesmo na
manjedoura humilde; o apostolado de bênçãos eternas. O Evangelho iniciou a primeira
página viva da revelação nova na estrebaria singela. A Natureza foi o primeiro marco
de tua batalha, multissecular da luz contra as trevas.
E enquanto prossegues, conquistando, palmo a palmo, o espírito do mundo, os
homens continuam fazendo estatísticas inumeráveis…
Aos censos de Otávio, seguiram-se os de Tibério, aos Tibério sucederam-se
arrolamentos de outros dominadores. Depois do poderio romano fragmentado, outras
organizações autoritárias apareceram não menos tirânicas. Dilataram-se os serviços
censitários, em toda a parte.
As nações modernas não fazem outra coisa além da extensão do poder,
melhorando a estatística que lhes diz respeito.
Inventariavam-se, na antiga Judéia, ovelhas e jumentos, camelos e bois. Hoje,
porém, Jesus, o arrolamento é muito mais importante. Com o aperfeiçoamento da
guerra, o censo é vital nas decisões administrativas. Antes da carnificina,
arregimentam-se estatísticas de canhões, tanques e navios, aviões, metralhadoras e
fuzis. Enumeram-se homens por cabeça, no serviço preparatório dos massacres e, em
seguida, anotam-se feridos e mutilados. Isso, nas vanguardas de sangue, porque na
retaguarda, o inventário dos grandes e pequenos negócios é talvez mais ativo. Há
corridas de armamentos e bancos, valorização e desvalorização de bens móveis e
imóveis, câmbio claro e câmbio escuro, concorrência leal e desleal, mercado honesto e
clandestino, tudo de acordo com as estatísticas prévias que autorizam providências
administrativas e regem o mecanismo da troca.
Nós sabemos que não condenas o ato de contar. Aconselhaste-nos nesse
sentido, recomendando que ninguém deve abalançar-se a qualquer construção, antes
de contas rigorosas, a fim de que a obra não permaneça inacabada. Entretanto,
estamos entediados de tanto recenseamento para a morte, porque, em verdade, nunca
esteve a casa dos homens tão rica e tão pobre, tão faiscante de esplendores e tão
mergulhada nas trevas, tão venturosa e tão infeliz, como agora.
Desejávamos, Mestre, arrolar as edificações da fé, os serviços da esperança, os
valores da caridade; contudo, somos ainda muito poucos no setor de interesse pelos
sonhos reveladores e pelas vozes do céu. Apesar disso, sabemos que os homens,
fanatizados pela estatística das formas perecíveis, examinam os gráficos, de olhos
preocupados, mas erguem corações ao alto, amargurados e tristes, movimentam-se
entre tabelas e números, mas torturados pela sede de infinito…
Quem sabe, Senhor, poderias voltar, consolidando a tua glória, como fizeste há
quase vinte séculos? Entretanto, não nos atrevemos ao convite direto. As estalagens
do mundo estão ainda repletas de gente negociando bens transitórios e melhorando o
inventário das posses exteriores. Os governos estão empenhados em orçamentos e
tributos. Os crentes pousam olhos apressados em teu Evangelho de Redenção e
repetem fórmulas verbais, como os judeus de outro tempo, que mastigavam a Lei sem
digeri-la. Quase certo que não encontrarias lugar, entre as criaturas. E não desejamos
que regresses, de novo, para nascer num estábulo, trabalhar à beira das águas,
ministrar a revelação em casas e barcas de empréstimo e morrer flagelado na cruz.
Trabalharemos para que a tua glória brilhe entre os homens, para que a tua luz se faça
nas consciências, porque, em verdade, Senhor, que adiantaria o teu retorno se a
estatística das coisas santas não oferece a menor garantia de vitória próxima? Como
insistir pela tua volta pessoal e direta se na esfera dos homens ainda não existe lugar
onde possas nascer, trabalhar e morrer?

Tema: Cap. 11 – Jesus – André Luiz

Divino Senhor – fez-se humilde servo da Humanidade.
Pastor Supremo – nasceu na manjedoura singela.
Ungido da Providência – preferiu chegar ao planeta, ao espesso manto da noite,
para que o mundo lhe não visse a corte celestial.
Orientador nas Esferas Resplandecentes – rejubilou-se na casinha rústica de
Nazaré.
Construtor do Orbe Terrestre – manejou serrotes anônimos de uma carpintaria
desconhecida.
Prometido dos Profetas – escolheu a simplicidade para instituir o Reino de Deus.
Enviado às Nações – preferiu conversar com os doutores na condição de
criança.
Luzeiro das Almas – consagrou longos anos à preparação e à meditação, a fim
de ensinar às criaturas o caminho da redenção.
Verbo Sagrado do Princípio – submeteu-se à limitação da palavra humana para
iluminar o mundo.
Sábio dos sábios – valeu-se de pescadores pobres e simples para transmitir aos
homens a divina mensagem.
Mestre dos mestres – utilizou-se de cátedra da natureza, entre árvores
acolhedoras e barcos rudes, disseminando as primeiras lições do Evangelho
Renovador.
Majestade Celeste – conviveu com infelizes e desalentados da sorte.
Príncipe do Bem – não desdenhou as vítimas do mal, amparando mulheres
desventuradas e sentando-se à mesa de pecadores envilecidos.
Instrutor de Entidades Angélicas – andou com a multidão de leprosos,
estropiados e cegos de todos os matizes.
Administrador da Terra – ensinou o respeito a César, consagrando a ordem e
santificação à hierarquia.
Benfeitor das Criaturas – recebeu a calúnia, o ridículo, a ironia, o desprezo
público, a prisão dolorosa e o inquérito descabido.
Amigo Fiel – viu-se sozinho, no extremo testemunho.
Juiz Incorruptível – não reclamou contra os falsos julgamentos de sua obra.
Advogado do Mundo – acolheu a cruz injuriosa.
Ministro Divino da Palavra – adotou o silêncio, ante a ignorância de seus
perseguidores.
Dono do Poder – rogou perdão para os próprios algozes.
Médico Sublime – suportou chagas sanguinolentas.
Jardineiro de Flores Eternas – foi coroado de espinhos cruéis.
Companheiro Generoso – recebeu açoites e bofetadas.
Condutor da Vida – aceitou o crucifixo entre ladrões.
Emissário do Pai – manteve-se fiel a Deus até o fim.
Mensageiro da Luz Imortal – escolheu o coração amoroso e renovado de
Madalena para espalhar na Terra as primeiras alegrias da ressurreição.
Mordomo dos Bens Eternos – em precisando de alguém para colaborar com os
seus seguidores sinceros, busca Saulo e Tarso, o perseguidor, e transforma-o no
amigo incondicional.
Coordenador da Evolução Terrestre – necessitando de trabalhadores para as
missões especializadas, procura os Ananias da fé, os Estevãos do trabalho e os
Barnabés anônimos da cooperação.
Missionário Infatigável da Redenção Humana – foi sempre e ainda é o maior
servidor dos homens de todos os tempos e civilizações da Terra.


Recordando o Mestre Divino, convertamo-nos ao seu Evangelho de Amor, para
que a sua luz nasça na manjedoura de nossos corações pobres e humildes! E,
edificados no seu exemplo, abracemos a cruz de nossos preciosos testemunhos,
marchando ao encontro do Senhor, no iluminado País da Ressurreição Eterna!

Núcleo de Solidariedade

No próximo dia 31/10 realizaremos nosso último plantão do ano para a arrecadação de alimentos e itens para os enxovais do MAMA.

Conheça em detalhes nossa campanha de Natal: http://www.goac.org.br/social-2/campanha-de-natal/

O esforço

Mais um ano em que ainda precisamos de paciência. Não apenas paciência, mas perseverança.

Do lado de fora, um pouco mais do mesmo, com toda a situação que ainda exige restrições de nossa parte. Do lado de dentro, um pouco mais de nós. Um pouco mais de esforço, realizando nosso potencial amoroso diante do mundo.

Novamente faremos a arrecadação somente de forma monetária, comprando as cestas de uma empresa que já as entregará montadas lá no Obreiros. Talvez pareça mais do mesmo, mas com certeza pedirá mais de nós todos. Vamos fazer isso juntos?

Esse ano a meta é montar 300 cestas de Natal para atender as famílias cadastradas junto ao Obreiros da Luz Divina, lá em Itanhaém. Conforme os valores de doação recebidos, quem sabe não conseguimos incrementar essas cestas, ou mesmo alcançar mais famílias? Para isso, estamos em contato com diversas empresas, para conseguirmos montar as melhores possíveis.

Nossa meta: R$ 52.000,00 (sujeito a cotações)
Data limite: 05/12

Dados bancários:
Grupo Obreiros da Luz Divina
Banco Itaú 341
Agência 1017
Conta poupança 51051-0
CNPJ 07.816.052/0001-80 (Chave PIX)

Importante: Não é preciso enviar comprovante da doação feita.

De que forma eu posso ajudar mais?

Além das doações que serão a base da campanha nesse formato, você pode ajudar imensamente ao multiplicar esse convite ao Amor. Divulgue a Campanha e ajude-nos a alcançar mais corações!

Assistências do nosso grupo

Palavra da Boa Nova

A Palavra da Boa Nova é o momento da instrução.

Através de uma linguagem simples e objetiva, apresenta-se o tema proposto, sempre de modo a trazer o Evangelho como agente de soluções para o cotidiano de nossas jornadas.

O objetivo deverá ser sempre o de conduzir as luminosas lições do Evangelho de Jesus e da Doutrina Espírita a todos os presentes, de maneira clara e compreensível.

Podendo utilizar várias referências bibliográficas, desde que estejam em total sintonia de conceitos e fundamentos doutrinários com as seguintes obras e autores:

– Obras de Allan Kardec (codificação Espírita);

– Obras de Emmanuel (por Francisco Cândido Xavier);

– Obras de Humberto de Campos (por Francisco Cândido Xavier);

– Obras de André Luiz (por Francisco Cândido Xavier);

– Obras de Joanna de Ângelis (por Divaldo Franco);

– Obras de Manuel Philomeno de Miranda (por Divaldo Franco);

Aniversariantes

Núcleo Financeiro

Pelo quarto mês seguido as contribuições dos cooperadores não foram suficientes para a cobertura das despesas da nossa casa. Nosso grupo se mantem com as contribuições voluntárias dos cooperadores, cada qual conforme sua condição permite.

Lembramos àqueles que puderem ajudar, que sua contribuição é muito importante. Se possível, logo no início do mês.

Os dados bancários do nosso grupo são:

Banco Itaú (341)
Agência 1659
Conta corrente 22.760-5
CNPJ 05.587.349/0001-95
Grupo de Orações, Amor e Caridade
PIX contato@goac.org.br